Você sente culpa quando fica “sem fazer nada”? Entenda a relação entre o trabalho e a saúde mental e saiba por que descansar é tão importante.
Existe um famoso dizer italiano “dolce far niente”, que em uma tradução livre significa: “A doçura de não fazer nada”.
Todos os aspectos da rotina afetam diretamente nossa saúde mental. Por isso, é necessário manter um equilíbrio entre as partes, principalmente quando se trata da relação entre descanso, mente e trabalho.
Venha saber como balancear esses pontos, conquistar alívio no dia a dia e se livrar da culpa pelos momentos de relaxamento.
A autoestima no trabalho:
Antes de mais nada, é importante lembrar que o trabalho não deve ser um “bicho de sete cabeças”. Por isso, é necessário ficar atento a comportamentos abusivos, que podem ir desde atitudes que te façam sentir diminuído até a exploração de tarefas que não fazem parte da sua função.
A relação com o trabalho pode gerar sentimentos de cobrança, frustração e pressão, mas é fundamental não se comparar a outras realidades, e entender seus próprios limites, habilidades e objetivos, acima de tudo.
Cada vez mais pessoas têm abordado esse tema. Nossa percepção do trabalho vem mudando conforme as discussões sobre saúde mental se tornam mais acessíveis, democráticas e respeitadas.
O que mudou no modo de trabalhar?
Durante o período da pandemia, entre 2021 e 2022, muitas empresas precisaram se adaptar para o chamado "home office". Neste caso, a principal motivação era o controle do vírus e a saúde da população.
No entanto, mesmo com o fim da pandemia, nem todo mundo que aderiu ao modelo remoto voltou às raízes. De acordo com estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), uma a cada quatro pessoas no Brasil poderia trabalhar remotamente, em casa.
Apesar disso, essa ainda é uma realidade reservada às classes sociais mais altas e regiões de fácil acesso à internet, além de outros recursos. Cargo e função, claro, também são levados em consideração.
Mesmo assim, cada vez mais pessoas têm notado — e priorizado, quando possível — empregos que auxiliem nessa flexibilidade. Especialistas em bem-estar no trabalho também defendem que tais condições mais dinâmicas já resultam em uma melhora da qualidade de vida.
O trabalho em casa, que permite que funcionários evitem o trânsito ou o transporte público, facilita na conquista de mais conforto, além de contribuir para que o tempo antes gasto no processo de chegar no local de trabalho, seja investido em momentos com a família, academia, cuidados pessoais e mais descanso. Tudo isso contribui para a saúde mental.
A importância do descanso:
Com toda essa discussão acerca da relação entre o trabalho e a saúde mental, empresas e especialistas começaram a observar o que pode trazer o famoso “burnout”, e notaram que a forma como o tempo é gasto é um fator de alta influência.
Cada vez mais, as pessoas têm sentido pressão, frustração e perda de interesse, fenômenos que podem estar relacionados às mudanças sociais, possibilidades que vieram com a tecnologia, que tornou o trabalho remoto possível, e diferenças entre gerações.
O Brasil passará por um estudo para testar o método, que especialistas afirmam: pode aumentar a produtividade.
Isso está relacionado ao tempo “bem gasto”, ao descanso, e em consequência, à saúde mental.
Ainda assim, muita gente é resistente a esses períodos de “relaxamento”.
Se livre da culpa!
Você sente culpa quando “fica sem fazer nada”?
Como já dissemos, tudo isso pode estar ligado a diversos fatores, que vão da idade até os traumas, cargos e pressão. Mas muitas pessoas ainda se sentem culpadas quando descansam.
A sensação de precisar estar contribuindo para algo, realizando tarefas e o medo de se ver como alguém que não produz, pode ter muitas motivações, que devem ser entendidas, respeitadas e acompanhadas em terapia, para um aproveitamento maior da saúde mental.
O fato é que o trabalho é essencial, mas o descanso também. Para se manter saudável, é de extrema importância:
Dormir bem;
Praticar exercícios físicos;
Manter uma alimentação equilibrada (isso inclui os horários das refeições);
Conseguir realizar atividades de prazer, ter hobbies;
Ter períodos curtos (como o fim de semana) e longos (como as férias) de descanso.
O “não fazer nada”, também é fazer alguma coisa. Afinal, precisamos reservar um tempo para contemplar, relaxar a mente e nos autoconhecer. Só assim, encontramos equilíbrio entre as pressões da rotina e nossas necessidades.
Para melhorar sua relação com o trabalho e expectativas futuras, não hesite em procurar ajuda. Terapeutas e guias de carreira sabem como nos auxiliar a conduzir a vida pessoal e a profissional da melhor maneira.
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