A OMS declarou a saúde mental prioridade na luta contra as mudanças climáticas. Vem entender o motivo!
Nos últimos anos, notícias de tragédias naturais relacionadas ao clima e dados alarmantes sobre o futuro do planeta se tornaram comuns.
Enquanto as discussões sobre possíveis soluções ou controle de danos aumentam, o que fica em nós, que acompanhamos tudo isso, é o impacto negativo gerado pela preocupação com o que está por vir.
Vamos conversar um pouco sobre esses sentimentos?
Qual é a relação entre as mudanças climáticas e a saúde mental?
É natural que notícias alarmantes nos preocupem, qualquer que seja a natureza delas. Quando falamos de algo tão determinante em nossa existência, como é o caso do clima, esse impacto pode ser ainda maior. Isso porque, quando lidamos com algo que não conhecemos muito bem ou não temos poder para controlar e transformar sozinhos, podemos desenvolver sensações de:
Pânico;
Insegurança;
Impotência;
Medo;
Cansaço mental;
Ansiedade;
Essas sensações podem vir tanto pela empatia — o medo pelas próximas gerações ou por aqueles que já sofrem com as mudanças climáticas drásticas —, quanto por nossa própria condição de vida. Nessas horas, surgem desde as perguntas mais aparentemente simples, como “De que maneira amenizar o calor?” quanto as mais complexas, como “Quanto tempo a Terra tem para se recuperar dos danos?”
Os impactos no corpo, como o desânimo no calor e até a desidratação, também são relevantes para desequilibrar nosso emocional.
Com base em tudo isso, e no perigo que os extremos podem representar para a saúde, tanto física quanto mental, a OMS - Organização Mundial de Saúde, resolveu tomar uma providência.
O alerta da OMS: Saúde Mental como prioridade!
Em 2022, um estudo realizado pelo IPCC - Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, mostrou que as mudanças climáticas drásticas acontecendo de forma cada vez mais acelerada já se tornaram uma ameaça direta à saúde mental.
Isso significa que são cada vez maiores os casos de ansiedade, depressão, sofrimento emocional e comportamento suicida relacionados ao clima. O medo ou a concretização do luto, das condições precárias e da inconsistência do futuro também são grandes fatores prejudiciais ao bem-estar psicossocial.
Por isso, a OMS decretou, durante a Cúpula Ambiental de Estocolmo, que o cuidado com a saúde mental também deve ser uma prioridade nas ações de combate aos danos das mudanças climáticas propostas pelos países.
A ordem é que essas ações incluam:
Apoio psicológico: Cada país deve oferecer suporte especializado para tratar questões da mente relacionadas ao clima, com profissionais preparados para acolher inseguranças, processos de luto e responder perguntas que possam diminuir o pânico.
Proteção para aqueles em risco: Suporte especial para quem já lida com as mudanças climáticas drásticas, tanto em regiões do globo que já começaram a sofrer com o clima (como as grandes ondas de calor aqui no Brasil), quanto a redução de riscos de desastres.
Criação de programas: Cada país deve buscar financiamentos para fazer da saúde mental uma prioridade também para aqueles em situação de vulnerabilidade social, tornando esse atendimento acessível para todos, de modo que ninguém enfrente a desinformação e o pânico.
Junto a essas ações, também podemos tomar medidas em casa!
Como cuidar da mente em meio às mudanças?
Antes de mais nada, é fundamental cuidar da saúde. Manter uma relação amigável com nosso corpo e mente é a melhor forma de evitar surpresas e estar preparado para eventuais desequilíbrios físicos ou emocionais.
Quando fazemos acompanhamento profissional, podemos identificar sinais com antecedência e facilidade. Isso significa que quando você já se cuida é muito mais fácil perceber indícios de ansiedade ou elementos que podem ser gatilhos.
Outra maneira de preservar a saúde mental em meio ao desequilíbrio climático é buscar informação correta e na medida certa: quando você procura canais confiáveis, que não são alarmantes, mas sim transmitem as notícias de maneira verdadeira e sem pânico, é mais fácil ter uma sensação de “controle da situação”. Afinal, como dissemos lá no começo, estamos mais propensos a temer o que não conhecemos. Então nada de acreditar em qualquer coisa por aí, viu?
Além disso, uma boa atitude é buscar dicas de como amenizar os efeitos do clima na sua casa, preservando seu bem-estar físico e diminuindo as preocupações.
Ajudar pessoas em situação vulnerável, seja através da doação de água, por exemplo, ou dividindo informação, também pode ajudar a combater a sensação de impotência. Por isso, vamos trabalhar no senso de comunidade!
Por fim, atente-se a fazer a sua parte. Isso já muda tudo.
Para saber mais sobre os cuidados com a mente relacionados aos mais diversos assuntos, continue acompanhando nosso Espaço Hellas aqui no blog e nas redes sociais.
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