Entenda as diferenças entre a Terapia Junguiana e a Psicanálise, baseadas nos estudos de Jung e Freud. Saiba como escolher!
A psicologia é uma área muito abrangente. O principal objetivo dos profissionais deve ser encontrar qual é o melhor método para lidar com a psique de um paciente e, desta forma, conseguir ajudá-lo a ter mais bem-estar.
Entre os muitos métodos oferecidos por clínicas e especialistas, estão a terapia junguiana, também chamada de psicologia analítica, e a psicanálise. Elas possuem bases semelhantes, mas suas ideias principais se afunilam e divergem, o que as torna muito diferentes.
Se você está em busca de respostas para entender melhor os dois métodos, escolher uma forma de acompanhamento ou tem curiosidade sobre o tema, este artigo é para você! Então, antes de mais nada, vamos entender melhor o que cada abordagem é na essência?
A Terapia Junguiana:
A Terapia Junguiana foi uma das primeiras vertentes baseadas nas ideias de Freud. Ela segue os estudos de Carl G. Jung e dos pensadores pós-junguianos.
Apesar de ter relação com os ideais defendidos por Freud, Jung seguiu sua própria linha de pensamento e criou sua própria abordagem para entender a psique humana, chamada de Terapia Analítica.
Esse método acredita que o inconsciente deve ser explorado para possibilitar um entendimento mais profundo da mente do paciente, levando a reflexões, gerando acolhimento e ajudando na compreensão dos próprios desejos, medos e necessidades.
Nesse modelo de terapia, são usadas diversas atividades para descobrir os pensamentos e a essência do paciente, que podem ir desde desenhos e associação de imagens e palavras até a interpretação de sonhos, além das conversas livres e sem julgamentos, criando um espaço seguro.
Para saber mais sobre essa abordagem, confira nosso artigo especial:
A Psicanálise:
Enquanto a Terapia Junguiana foca em diversas abordagens para construir uma relação com o paciente e sua essência, a Psicanálise é mais voltada para a fala.
O método foi iniciado por Sigmund Freud, no entanto, atualmente existem poucos profissionais que seguem uma linha exclusivamente freudiana, já que seus estudos receberam a inclusão de outros pensamentos teóricos e revisões.
Na Psicanálise, o paciente é convidado a falar abertamente sobre o que está pensando enquanto o especialista faz intervenções e comentários, contribuindo no autoconhecimento e ajudando a lidar com diferentes situações e impulsos.
As ideias de Freud e Jung:
Você pode estar se perguntando: afinal, quais são as diferenças entre os dois métodos, se são baseados nos mesmos estudos?
Carl Jung discordou de algumas ideias defendidas por Freud, principalmente se tratando do conceito de inconsciente, nos métodos de análise de sonhos e na expressão da libido.
Apesar de as teorias freudianas terem passado por revisões, elas têm base em alguns princípios.
Freud defendia que a psique humana é composta por:
inconsciente;
pré-consciente;
consciente.
Já Jung defendia que ela é formada por:
consciente;
inconsciente pessoal;
inconsciente coletivo.
A inclusão do inconsciente coletivo é, provavelmente, a maior diferença entre as duas abordagens.
Para Freud, os pensamentos reprimidos pelo consciente e pré-consciente, que acabam interferindo no modo como agimos, são apenas pessoais, baseados nas próprias experiências, e podem ser revelados através do método de livre associação, onde o paciente fala o que lhe vem à cabeça.
Enquanto isso, para Jung, o inconsciente é muito mais profundo, e era dividido na camada pessoal, com base na essência de cada um, e coletiva, que tem origem no ambiente e na sociedade, comum a todos os seres humanos, o que explica pensamentos religiosos e crenças. Na teoria de Jung, nossas ações também são determinadas por essa camada inconsciente, e podem ser reveladas com um estudo profundo da mente, inclusive dos sonhos e da expressão da criatividade.
Afinal, terapia junguiana ou psicanálise?
Saber qual método escolher para receber acompanhamento é uma missão importante. É fundamental dizer que, assim como Jung acreditava, nem todos se encaixam na mesma caixa, cada mente é individual. Por isso, é possível se identificar com diferentes abordagens dentro da psicologia, mas existem recomendações.
Como é mais focada na conversa, a Psicanálise é indicada para pacientes que estão interessados no autoconhecimento, mas pode ser menos eficaz na solução de dilemas pontuais com rapidez, como traumas e situações extremas. O acompanhamento pode durar anos, criando um vínculo. Por isso, é fundamental escolher um ambiente e profissional que inspirem bem-estar.
Já a Terapia Junguiana foca em ajudar a lidar com as questões da vida, o impacto do convívio social, e como cada um, em sua essência, responde a esses impulsos. A linha de tratamento pode ir de meses a anos, e se tornar um espaço de conforto, onde ideias, sonhos, pensamentos e outros elementos da mente podem ser acolhidos, compreendidos, e as patologias acompanhadas.
Para descobrir qual é o melhor caminho para você, faça uma avaliação e não tenha medo de experimentar terapias integrativas e se autoconhecer. Não hesite em buscar ajuda.
Você vai encontrar profissionais e espaços ideais, onde se sinta acolhido e onde suas questões sejam tratadas com respeito, delicadeza e profissionalismo.
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